Bem-vindo!

Sou coach, consultora e formadora nas áreas do desenvolvimento do comportamento pessoal e profissional.

A minha tese de Mestrado teve como tema o Impacto da Halitose no Bem-estar do Indivíduo.

Identifico-me como uma pessoa dinâmica, criativa, fascinada pelo comportamento humano, apaixonada pela vida, pela procura da felicidade, bem-estar e realização pessoal e profissional.

Com uma visão aberta e criativa e experiência, apoio as pessoas, grupos e organizações num caminho para que se tornem mais conscientes, eficientes, livres e felizes, que atinjam os resultados desejados e se realizem plenamente na vida pessoal, profissional e social.

O propósito dos meus serviços profissionais é facilitar mudanças positivas e duradouras, desenvolver competências pessoais e profissionais, ajudar as pessoas a realizar os seus objectivos e sonhos, fazendo a diferença nas suas vidas pessoais e profissionais.

‎"Se um dia tiver que escolher entre o Mundo e o Amor, lembre-se: Se escolher o Mundo ficará sem Amor, mas se você escolher o Amor, com ele conquistará o Mundo" - Albert Einstein

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Campanha publicitária

Colgate criou uma campanha publicitaria para promover o seu fio dental, para isso observem tranquilamente estas imagens antes que lhes explique os detalhes principais...





Bem, agora que ja tiveram tempo de observar detalhadamente as imágens vamos ao essencial:
. Na primeira imagem a mulher tem um dedo a mais.
. Na segunda ha um braço fantasma
. Na terceira o homem so tem uma orelha.
A maioria das pessoas não nota
Assim a campanha publicitaria procurou demostrar que os restos de comida nos dentes chamam mais a atenção que qualquer handicap físico.

Estudo de Saúde Oral

Gostaríamos de convidá-lo(a) para participar num estudo que está a ser realizado por uma equipa de investigadores do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, no âmbito de um projecto de Doutoramento em Psicologia. O principal objectivo deste estudo é compreender os factores relativos à saúde oral que influenciam o bem-estar e a qualidade de vida dos Portugueses.

É neste sentido que solicitamos a sua colaboração.
Trata-se do preenchimento de um questionário online que dura cerca de 5 minutos.

Para aceder ao questionário basta clicar no link seguinte:
Take the Survey
ou:
https://iscteiul.us.qualtrics.com/WRQualtricsSurveyEngine/?SID=SV_1MHIOCZZxYcb1KR&_=1

Muito obrigada pela colaboração,
A Equipa do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Lançamento do Livro - O mundo do Hálito a descoberto





Na Fnac do Colombo com Xana Alves da Prova Oral - Antena 3 que moderou a apresentação do lançamento do Livro do Dr. Jonas Nunes, e a representante da Editora Gradiva.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Quem procura tratamento?

Na Península Ibérica, a consulta de halitose é ligeiramente mais procurada por mulheres do que por homens (53% vs 47%, respectivamente). As mulheres tendem a ser mais exigentes e a preocupar-se mais com o seu próprio hálito. As consultas do Instituto do Hálito na Península Ibérica registaram um espectro de idades que foi dos 2 aos 94 anos, com uma média de idades de 38 anos. No caso de crianças, a maior preocupação dos pais que as trazem à consulta é que a halitose seja um sinal de uma doença subjacente. Porém, o impacto mais negativo na qualidade de vida surge entre os 15 e os 35 anos. É nestas idades que se observam, com maior frequência, os efeitos psico-sociais da halitose, como baixa auto-estima, insegurança e isolamento (com repercussões no namoro, nas amizades e no sucesso escolar). Após os 35 anos, já se observa uma importância maior atribuída ao contexto profissional, fazendo com que os pacientes procurem a consulta também por recear um impacto na carreira.

A importância de estabelecer um diagnóstico etiológico

Antes de ser realizado um tratamento é essencial obter-se um diagnóstico etiológico (que determine a origem/causa). A realização de tratamentos empíricos baseados em suposições, sem fundamentação objectiva e criteriosa, é ineficaz. Na consulta de diagnóstico são recolhidos todos os dados do paciente, o estado actual e os antecedentes médicos relacionados com todos os factores predisponentes e desencadeantes de halitose.
Depois, são realizados exames que podem incluir o estudo computorizado do hálito (através de cromatografia gasosa), o estudo da saliva e função das glândulas salivares, e provas microbiológicas e enzimáticas a partir de colheitas de placa bacteriana e de saliva (os mais utilizados são o teste BANA®, o teste colorimétrico Halitox® e a prova da beta-galactosidade).

Terapêutica consoante as causas apuradas

Atendendo à variedade de fenómenos independentes que podem provocar halitose, torna-se necessário desmistificar algumas noções falsas mas que ainda perduram, como “a bactéria produtora de mau hálito” ou “o elixir/medicamento que cura o mau hálito”. Para cada causa de halitose existe uma terapêutica específica. Um elixir de uso oral não possui acção sobre uma halitose decorrente de uma sinusite, tal como um antibiótico não possui acção sobre uma halitose de origem reactiva alimentar. Logo, não existe um único tratamento para a halitose. O tratamento adequado será o mais actual e de maior eficácia visando a condição ou causa desencadeante do problema.

A eventual necessidade de consultas de revisão

A fase de controlo inicia-se após a remissão da halitose e inclui, usualmente, uma ou duas consultas de revisão. São necessárias para instrução do paciente sobre medidas preventivas e realização de eventuais procedimentos que assegurem a manutenção dos resultados obtidos. A mudança positiva do hálito é visível pela postura que os pacientes demonstram nas consultas, especialmente ao nível da auto-confiança. Contudo, é de salientar que se tem constatado que um tratamento bem-sucedido na eliminação desta nem sempre é acompanhado por uma adequação do paciente à nova realidade. Do total de pacientes tratados com êxito, 7%, ainda continuavam a viver como se padecessem halitose ao cabo de 3 meses. Subsistiam comportamentos defensivos como ocultar a boca com a mão, o uso frequente chicletes, etc. Porém, nestes casos, ao fim de 6 meses e após sessões de apoio e esclarecimento a estes pacientes, este número baixa marcadamente. Por isso deve ser feita uma distinção entre sucesso completo (que inclui o biológico e o psicológico) e sucesso apenas biológico (apesar da remissão da halitose o paciente ainda não se “libertou” do problema). Neste sentido, qualquer tratamento para a halitose deve ser sensível e intervir em ambas vertentes física e psicológica.

HCP Arthyaga®: um protocolo de eficácia comprovada

A taxa de êxito obtida com o HCP Arthyaga® foi a mais elevada até à data, de acordo com as principais bases de dados médicas internacionais (PubMed/Medline, Scopus, ISI-Web of Knowledge, etc.). Numa amostragem de 704 pacientes que procuraram tratamento específico para a halitose, 96,6% obtiveram a resolução completa da halitose, 0,6% obtiveram uma resposta biológica (apesar da halitose ter sido eliminada, estes pacientes não se sentiam psicologicamente curados), 1,0% obtiveram uma resposta parcial (não se registou uma resolução completa apesar da halitose ter diminuido) e apenas 1,8% manifestaram resposta nula (não se registou qualquer melhoria). As perturbações obsessivas relacionadas com a crença irreal de possuir halitose (halitofobia) ainda são os casos mais difíceis de tratar dada a irredutibilidade destes pacientes em aceitar a sua condição e submeter-se a um tratamento psicológico/psiquiátrico.
http://www.halito.pt/halitose/tratamento/

Mau hálito ou halitose?



Embora a expressão mau hálito seja a mais vulgarmente usada, o termo médico que define um hálito desagradável é halitose . O termo surgiu pela primeira vez em 1921, num rótulo de um elixir americano. Estima-se que até cerca de 30% da população mundial possa sofrer deste problema de uma forma frequente, independentemente do sexo, idade e classe social. Nos Estados Unidos, é o terceiro motivo mais frequente de consulta ao dentista (depois da cárie dentária e da doença periodontal). Apesar do termo médico halitose ser relativamente recente, é uma das patologias mais antigas e problemáticas com impacto na coexistência social.

Halitose: um tema tabu nos dias de hoje

Como acontece com outras doenças “embaraçosas”, na maioria dos casos ouve-se falar sobre mau hálito quando é um tema jocoso de anedotas e escárnio. Tem sido demonstrado que o facto de uma pessoa sentir-se insegura em relação ao seu próprio hálito, sem o discutir convenientemente, pode resultar em sérios prejuízos psicossociais. Cerca de 20% dos pacientes que recorreram à consulta nunca foram informados ou nunca perguntaram às pessoas mais próximas sobre a existência de halitose.
As justificações dadas foram o receio de uma resposta afirmativa ou o receio de serem julgados (ainda hoje associa-se impreterivelmente o mau hálito a má higiene). Por outro lado, aqueles que convivem com uma pessoa que padece de halitose, se forem caracterizados por uma total discrição e pudor sobre este tema, dificilmente alertam sobre o problema.

A halitose como factor desencadeante de efeitos psicológicos graves

Ainda que possa existir algum grau de preocupação com a saúde física, a maioria das pessoas afectadas preocupa-se mais com as implicações sociais por padecer de halitose. Por esse motivo, a consciência de padecer de mau hálito pode acarretar consequências psicológicas, com manifestações comportamentais visíveis (cobrir a boca ao falar, manter uma maior distância interpessoal ou evitar relações sociais) e outras mais graves.
O simples acto de cheirar encontra-se imbuído de carga emocional, podendo suscitar a aproximação ou repulsa, e até estimular a memória (tanto para aquele que padece como para os que o rodeiam). A percepção de um hálito desagradável geralmente despoleta um aumento imediato das emoções negativas, como irritabilidade, mal-estar, nervosismo e agitação.












A halitose como sinal de uma patologia subjacente

O hálito humano (mesmo o considerado normal) é um gás de uma composição complexa. Nos últimos 30 anos, têm sido identificados múltiplos compostos voláteis e constatou-se que uma amostra típica de ar exalado, de uma mesma pessoa, apresenta geralmente mais de 200 compostos de natureza distinta. São diversos os factores que determinam a ocorrência destes compostos, nomeadamente o estado de saúde geral, a condição física, diversas patologias, a ingestão alimentar e medicamentosa, factores ambientais e os estilos de vida.
Até à data, foram detectados mais de 3000 compostos diferentes no hálito de diferentes pessoas, muitos dos quais associados a patologias subjacentes. A detecção e a identificação da sua origem podem ser importantes no diagnóstico precoce de certas doenças com efeitos prejudiciais (por exemplo, a periodontite pode resultar na perda prematura dos dentes).
 

As origens mais frequentes de halitose

O relatório de 2010 publicado pelo Instituto do Hálito indicou que a maioria dos pacientes (60%) que procuraram tratamento nos centros clínicos da rede na Península Ibérica possui halitose com origem oral. No entanto, a proporção de halitose com esta origem tem diminuído nos últimos anos. Algumas explicações possíveis são a crescente sensibilização por parte da população para uma higiene oral adequada.
As causas extra-orais (aparelho respiratório, tubo digestivo e sistémicas) são responsáveis por cerca de 17% dos casos diagnosticados pelo Instituto do Hálito. Estas causas são de diagnóstico mais complexo e requerem geralmente uma tecnologia mais avançada, sendo mais susceptíveis de detectar numa consulta especializada de halitose.





Nos restantes 23% dos pacientes que procuraram os centros clínicos do Instituto do Hálito não foi diagnosticada halitose verdadeira. Certas condições como a diminuição da secreção salivar, problemas digestivos, stress/ansiedade, embora em alguns casos originem halitose verdadeira, podem criar sensações gustativas que são percebidas como sensações olfactivas e induzir uma pessoa a crer que padece de halitose.

http://www.halito.pt/halitose/

Na Península Ibérica: a concretização de um projecto nascido nos E.U.A.

À semelhança do sucedido em países pioneiros como os E.U.A., Japão, Israel, Bélgica e Alemanha, considerou-se relevante a constituição de um centro investigação de halitose com actividade em Portugal e Espanha. O projecto para a sua fundação teve início em Chicago, em Agosto de 2007, e foi fruto do entusiasmo e compromisso de vários investigadores da temática do hálito, oriundos de diferentes países e especialidades médicas, congregados na International Society for Breath Odor Research (ISBOR). Dois meses após a reunião de Chicago, iniciaram-se as actividades de investigação e assistência a pacientes na Península Ibérica. De forma a poder corresponder à crescente procura dos nossos serviços, em 2010 nasce oficialmente o Instituto do Hálito – Breath Research.

Desenvolvendo protocolos clínicos de excelência


Os fenómenos associados com a existência de halitose podem ocorrer em distintas partes do organismo (boca, nariz, garganta, pulmões, estômago, intestino, fígado, rins, etc.). Por conseguinte, neste projecto têm colaborado mais de 30 profissionais de saúde relacionados com as possíveis causas de halitose, sobretudo médicos-dentistas, médicos especialistas em Estomatologia, Otorrinolaringologia, Gastrenterologia, Medicina Interna, Nefrologia, Análises Clínicas, Imuno-alergologia, além de psicólogos e nutricionistas. O resultado desta sinergia foi um protocolo de diagnóstico e tratamento para uso clínico, o HCP Arthyaga®, que recentemente obteve o reconhecimento por parte de um painel europeu de experts como detentor de uma taxa de êxito global de 96,6%.

Apoiando profissionais de saúde na abordagem clínica da halitose


O Instituto do Hálito presta formação a médicos, médicos-dentistas e higienistas orais, tanto em Portugal como em Espanha. Para além das ocasionais palestras e conferências médicas, são ministrados cursos modulares de 64 horas de duração com o propósito de colmatar as habituais insuficiências nos programas curriculares académicos. As aulas são ministradas por professores experientes, com doutoramento específico e prática clínica exclusiva na área da Halitose. Nestes cursos, os participantes recebem formação sobre as linhas de orientação e metodologias específicas relacionadas com a anamnese, os exames de diagnóstico, análise e racionalização dos resultados, e tomas de decisão sobre as terapêuticas apropriadas a seguir.

Investigação em colaboração com sociedades científicas, unidades de saúde públicas e universidades


O Instituto do Hálito tem realizado investigação nos mais variados ramos relacionados com a halitose, nomeadamente ao nível da bioquímica, epidemiologia, factores de risco, impacto na qualidade de vida, abordagem clínica, diagnóstico, tratamento e peritagem de produtos comercialmente disponíveis. A maioria destes estudos têm sido realizados em parceria com membros de sociedades científicas especializadas, designadamente a International Society for Breath and Odor Research e a International Association of Breath Research, unidades de saúde públicas e universidades. Neste último caso, ao nível clínico, quase exclusivamente com a Universidade de Sevilha e, ao nível das ciências humanas, com o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa.

Informando a população sobre um tema pouco divulgado


Na Península Ibérica ainda é necessário falar mais e melhor sobre halitose. Sobretudo informar sobre a multiplicidade das causas, desacreditando o preconceito associado com a falta de higiene, a crença de que o estômago é uma origem frequente e que a auto-percepção de halitose não significa obrigatoriamente a ocorrência de halitose verdadeira. A consulta do hálito – recurso apropriado para as pessoas que têm a vida afectada por este problema – ainda é uma realidade desconhecida para a maior parte da população. O Instituto do Hálito tem tomado acções no sentido de informar a população.
Para além da apresentação de conteúdos didácticos on-line (secção “HALITOSE” presente neste site), têm sido tomadas diligências, nomeadamente através de livros para o público em geral e acções de divulgação da patologia nos meios televisivos e na imprensa escrita.



Que remédios caseiros / naturais ou soluções naturais existem atualmente para a halitose?


Ainda que prescreva soluções naturais em casos particulares (ex.: a ameixa japonesa umeboshi – um estimulante salivar com provas dadas), pessoalmente, tenho sempre algumas reservas em falar deste tema. É frequente que, muitas pessoas, depois de ouvir-me, comecem de imediato a comprar certos produtos, bebidas e comidas, crendo ingenuamente que isso lhes irá solucionar o problema de hálito.
Volto a referir que as halitoses devem ser identificadas segundo a sua origem e que a eficácia do tratamento depende da correspondência do agente terapêutico utilizado com a origem. Como referi anteriormente, os efeitos benéficos de alguns alimentos com odor agradável (salsa, etc.), ou certas cápsulas que algumas empresas colocam à disposição do público, nem sempre têm efeito em todas as personas e, quando têm, raramente duram mais de 1 hora. Isto não é cura, nem tratamento.
É verdade que algumas comidas podem melhorar transitoriamente o estado do hálito de algumas pessoas. Isto sucede basicamente através de 2 mecanismos principais: devido ao potencial efeito antimicrobiano ou através da captura/neutralização dos compostos de mau odor.
Sobre o efeito antimicrobiano, já foi demostrado, por exemplo, que alguns chás possuem antimicrobianos naturais com alguma capacidade de anular bactérias orais (os mais estudados foram o chá verde e o ginseng vermelho da Coreia). Recordo um estudo israelita recente que também encontrou algumas sustâncias inibidoras de bactérias no café (porém, devido a outras sustâncias, o saldo global da ingestão de café geralmente é negativa em relação ao hálito: pela desidratação e alteração do sabor que este provoca, etc..
Existem outros alimentos que possuem certas sustâncias (especialmente polifenóis, e certas enzimas como as polifenoloxidases e as peroxidases) com alguma capacidade para neutralizar compostos de enxofre. Os alimentos que possuem estas sustâncias são alguns tipos de cogumelos, chá verde, algumas frutas (a maçã, a ameixa, o kiwi, o caqui, o mirtilo), algumas ervas como a salsa e o manjericão, e alguns vegetais como a alface, os espargos, o inhame e a beringela. Existem muitos outros alimentos mencionados em fontes não científicas, no entanto à grande maioria falta um adequado fundamento científico. Porém, a dura realidade, é que o efeito destes alimentos /remédios naturais é muito curto.
Por exemplo, o chá verde pode melhorar transitoriamente o problema de halitose em alguns casos em que a origem é intra-oral mas para muitas patologias causadoras de halitose simplesmente não existe um remédio caseiro ou terapêutica natural (sobretudo as extra-orais). 

Há que ser prudente e não permitir que a ansiedade domine a razão. O seguinte princípio deve prevalecer: se uma pessoa não sabe qual é a causa, primeiramente deve obter o diagnóstico e só depois planear o tratamento ou agentes terapêuticos a utilizar, e não tratar irracionalmente às cegas fundamentando-se em testemunhos de terceiros (que poderão ter tido uma causa de halitose distinta) ou em promessas fantasiosas de produtos milagrosos. É preciso ter em conta que a maioria das pessoas que padecem de mau hálito já gastou muito tempo e dinheiro na procura de soluções e está cansada de tentativas frustradas ou terapêuticas não eficazes. A boa notícia é que felizmente a ciência já evoluiu e, nos dias de hoje, uma pessoa só anda perdida neste processo se assim o desejar.
http://www.halito.pt/faq/remedios-caseiros-naturais-para-halitose.html
(Perguntas ao Dr Jonas Nunes)

Que pastilhas ou elixires devo usar para eliminar a halitose ou mau hálito?


É necessário explicar que a grande maioria das pastilhas possuem dois efeitos (como muito): aumentam a salivação (como consequência natural da mastigação) e podem ocultar o mau hálito existente (ao libertar um odor mais intenso: menta, hortelã, etc.). Os pacientes sabem que o efeito é muito curto e portanto seria abusivo conotar estes dois efeitos como “eliminação do mau hálito”. Algum efeito benéfico pode resultar do aumento da secreção salivar em pacientes com a boca seca (mas poucos minutos após a interrupção da mastigação, os problemas anterior voltam: o mau hálito e/ou a boca seca, etc. Portanto, as pastilhas não são uma terapêutica que se recomende para tratar o mau hálito ou problemas de boca seca.
Além disso, o uso continuado de pastilhas pode provocar problemas ao nível da articulação relacionada com a abertura e fecho da boca – a temporomandibular (ruídos, desgaste das articulações, dor, inflamação, etc.) e produzir acidez excessiva no estomago (como reflexo neuronal resultante da mastigação) podendo ocasionar gastrite, úlceras, etc. Existem outras opções para aumentar a secreção salivar, sem provocar estes efeitos colaterais e com maior eficácia a longo prazo e, claro, muitas outras opções para tratar o mau hálito.
Mais recentemente, surgiram pastilhas que contêm antimicrobianos e/ou probióticos. Demonstraram algum grau de eficácia mas o seu efeito é muito limitado – a curto prazo (e podem ser agentes terapêuticos benéficos apenas quando a causa primária do mau hálito está na boca).
Em relação aos elixires, já respondi anteriormente. Um elixir adequado não deve possuir álcool (portanto o utilizador não deve sentir ardor), possui antimicrobianos com eficácia cientificamente comprovada, como o cloruro de cetilpiridínio ou o digluconato de clorexidina ou substâncias que captam maus odores como o lactato de zinco ou o cloruro de sódio. Estes elixires, quando a causa primaria provém mesmo da boca (bactérias orais), têm a sua aplicação e são muito úteis. O problema é que uma parte muito significativa dos elixires comercialmente disponíveis não possui nenhum destes compostos que foram cientificamente comprovados. 

Portanto, se uma pessoa utiliza um elixir com fundamento científico duas vezes ao dia e continua a ter mau hálito, a causa não será bacteriana oral, mas sim outra (e não é realista estar confiado nas substâncias mascaradoras que a maioria dos elixires possui de curta duração como a menta). As halitoses devem ser tratadas na sua origem e de modo enérgico (e não mascaradas com cápsulas de azeite floral, menta ou hortelã, chicletes, elixires mentolados, ou outros). Os efeitos benéficos de alguns alimentos com odor agradável (salsa, mirra, etc.), ou certas cápsulas que algumas empresas comercializam, não têm efeito em todas as pessoas e, quando têm, raramente duram mais de 1 hora.
http://www.halito.pt/faq/pastilhas-elixires-eliminar-mau-halito.html
(Perguntas ao Dr Jonas Nunes)

Como evitar ou prevenir a halitose ou mau hálito?


Primeiramente, há que ter bastante claro o que é a halitose fisiológica que todos podemos ter (ex.: a que ocorre ao despertar ou durante os jejuns prolongados) e a halitose patológica ou crónica (a que sucede frequentemente mesmo pouco depois de comer ou realizar a higiene oral). Esta última, a halitose patológica, quase sempre é impossível de prevenir. A forma de evitá-la é o tratamento e não a prevenção.

Em relação à halitose fisiológica (que em muitos casos está relacionada com maus hábitos) pode ser evitada recorrendo a diferentes estratégias como: comer a cada 4 horas, evitar as comidas condimentadas e odorantes, evitar o álcool, o café, o tabaco, evitar as dietas hiperproteicas, hipocalóricas, as comidas ricas em gorduras, beber 1,5 litros de água por dia e realizar dois procedimentos básicos de higiene oral – o uso do fio dentário e a limpeza da língua. No entanto, se apesar de isto o mau hálito persistir, então a halitose deve ser considerada patológica (e não fisiológica), estando indicada a consulta do hálito. É importante salientar esta realidade já que muitos pacientes que nos visitam adotam hábitos compulsivos como escovar os dentes ou utilizar elixires 5-6 vezes ao dia, etc. Compreende-se que tentam evitar ao máximo a manifestação de mau hálito, porém infelizmente o excesso de zelo em relação aos cuidados preventivos (quando a halitose é patológica) não resulta num resultado benéfico y duradouro em relação ao hálito.
Sobre os cuidados de higiene oral mais importantes para a prevenção do mau hálito, ainda que não esteja amplamente divulgado, diversos estudos realizados até à data que compararam o hálito de pessoas que usavam elixires regularmente e pessoas que não usavam, duas horas depois de utilizá-los, não se verificou diferenças no hálito de ambos grupos (isto é, duas horas depois de utilizar um elixir, o estado do hálito das pessoas que utilizam elixires é o mesmo das pessoas que não utilizam. Ainda que estes estudos científicos o comprovem, esta é uma realidade que os pacientes que vêm à consulta pela primeira vez admitem ter constatado eles mesmos.
Lamentavelmente, estes resultados sobre a eficácia dos elixires, não são muito divulgados talvez pelos interesses comerciais associados mas os estudos estão publicados e disponíveis para consulta nas principais bases de dados médicas mundiais (como o PubMed/Medline). Por outros lado, quando comparado o estado do hálito entre pessoas que utilizam regularmente o fio dentário e/ou o limpador de língua e aqueles que não utilizam nenhum deles, observou-se que o hálito deste último grupo era manifestamente pior. O uso regular de fio dentário e a limpeza regular da língua são bastante mais relevantes na prevenção de halitose em comparação com a utilização regular de elixires. 
http://www.halito.pt/faq/evitar-prevenir-mau-halito.html
(Perguntas ao Dr Jonas Nunes)

Como funciona uma Consulta do Hálito?

Segundo os padrões mais atuais, a consulta moderna do hálito deve processar-se em três fases: diagnóstico, tratamento e controlo.
O objetivo da fase de diagnóstico (ou Estudo do Hálito) é identificar qual a causa da halitose. No nosso departamento, quase sempre realiza-se em uma consulta (pois temos pacientes que se deslocam de regiões mais remotas). Nesta primeira consulta, obtêm-se também todos os dados médicos relevantes para o diagnóstico (anamnese) e realizam-se uma série de procedimentos como a exploração oral, análise do ar expirado bucal e nasal, provas microbiológicas através de técnicas de PCR (identificação através do ADN), análise da função salivar, provas psicológicas (EIH e OHIP) com o objetivo de estabelecer o diagnóstico etiológico (a causa).
É necessário esclarecer que a vasta maioria dos pacientes que acorre ao nosso departamento já possui uma higiene oral exemplar e, portanto, não tem ideia de qual é a causa do mau hálito (são saudáveis e não conseguem relacionar com outros sinais ou sintomas). Muitas das mais de 80 causas possíveis estão incluídas neste grupo. Nestes casos, a realização do Estudo do Hálito é imprescindível para poder começar qualquer tratamento (há que saber exatamente a patologia/doença que desencadeia o mau hálito de forma a prescrever a terapêutica adequada.

Ao nível universitário, foi graças a esta metodologia (que inclui o Estudo do Hálito) que se obteve uma taxa de êxito de 96,6%. Quanto às consultas seguintes (fase de tratamento e fase de controlo), estas variam segundo a causa. Na maioria dos casos são necessárias 3-4 consultas ao longo de 6 meses para tratamento e controlo (ainda que a eliminação da halitose geralmente suceda ao fim de uma semana).
Atualmente, muitas pessoas procuram-nos apenas para que se realize um check-up e eventuais orientações (sem a existência evidente de mau hálito). São pessoas com vidas sociais muito ativas, cuja profissão exige um contacto muito próximo com terceiros e querem estar seguras e em pleno controlo do seu hálito. Estudamos os fatores e o risco para a predisposição e susceptibilidade e orientamos com detalhe de modo a que o hálito fique blindado.
http://www.halito.pt/faq/como-funciona-consulta-halitose.html
(Perguntas ao Dr Jonas Nunes)

Existem aparelhos para medir o mau hálito ou halitose?

Assim como existem diversos elixires que prometem cura, existem também uma série de aparelhos que afirmam medir a halitose mas não são eficazes (alguns estão comercialmente disponíveis e a preços acessíveis na Península Ibérica). Muitos destes aparelhos para uso pessoal apresentam-se como novidades tecnológicas muito recentes mas a verdade é que desde a década de 90 já eram comercializados em países como o Japão (com a designação de Breath Alert, entre outros).

Em primeiro lugar, há que ter em conta que o hálito humano pode conter mais de 3000 compostos gasosos distintos. Até à data, não existe qualquer dúvida de que apenas os aparelhos de cromatografia gasosa podem medir todos os compostos. Todos os restantes, portáteis, etc., como muito, estão capacitados para medir apenas uma parte dos compostos, como por exemplo os que contêm enxofre (e a grande maioria destes aparelhos mede-os de modo pouco fiável). Portanto, o que ocorre, e esta situação pode ser muito lesiva, é que uma pessoa utilize estos aparelhos confiando que está a apurar a existência de mau hálito e o resultado seja um falso negativo (isto é, o aparelho indica que não existe mau hálito mas na realidade existe). E como? Porque os compostos presentes no mau hálito de uma pessoa podem não conter as moléculas de enxofre que estes aparelhos teoricamente medem (alguns exemplos de compostos gasosos frequentes e que não contêm enxofre são o indol, escatol, putrescina, etc.). Caso estes aparelhos portáteis de uso pessoal possuíssem uma fiabilidade elevada, sem dúvida seriam uma grande ajuda para que uma pessoa soubesse, num dado momento, se tem mau hálito.
Em segundo lugar, estes aparelhos portáteis também são pouco estáveis. Frequentemente, pacientes que os compram, dizem que o aparelho, no mesmo minuto, é possível que um diagnóstico de mau hálito seja seguido de um diagnóstico de ausência de mau hálito. Conclui-se que, nos dias de hoje, não passam de causadores de confusão que podem afectar negativamente a autoconfiança e a autoestima.
Aproveito para falar também sobre o aparelho para uso em clínica – o Halimeter. Não é um cromatógrafo gasoso mas sim um detetor/monitor de compostos sulfurados. Foi um aparelho desenvolvido no início dos anos 90 mas que atualmente se considera obsoleto quando comparado com as opções de vanguarda que existem atualmente no que respeita a cromatografia gasosa. Além de que o Halimeter não identifica individualmente cada composto de enxofre (os CSVs), também não mede corretamente a totalidade destes. É uma realidade amplamente reconhecida pela comunidade científica que sensibilidade ao composto de enxofre dimetilssulfuro, por exemplo, é muito baixa.
Portanto, sempre recomendamos que, no caso de alguém querer saber se tem ou não mau hálito, deve primeiro perguntar a um familiar ou amigo (confidente). Se existe a confirmação e se quer saber qual a causa e tratar (ou se o paciente não se sente à vontade em dissipar esta dúvida com o confidente), deverá buscar um departamento clínico que possua um aparelho de cromatografia gasosa de modo a identificar e medir os compostos presentes no hálito. 
http://www.halito.pt/faq/aparelhos-para-medir-halitose.html
(Perguntas ao Dr. Jonas Nunes)

O que causa o mau hálito ou halitose em bebés ou crianças?

A halitose infantil é muito frequente e, cada vez mais, somos procurados por pais preocupados que trazem as crianças à consulta com receio de que o mau hálito seja um sinal de uma doença grave ou porque os filhos estão a ser vítimas de troça por parte de outras crianças na escola.
É de salientar que as crianças possuem uma maior proporção de casos de halitose de origem otorrinolaringológica, como a hipertrofia dos adenoides, infeções amigdalinas, fenómenos de obstrução nasal, etc.. Já tivemos a oportunidade de diagnosticar vários casos de ocorrência de um corpo estranho (por exemplo uma ponta de lápis no nariz). Isto sucede sobretudo em bebés. Outros centros clínicos também reportaram o mesmo.

Porém, um bebé ou uma criança pode possuir praticamente todas as causas de halitose de um paciente adulto. Se a causa não é evidente para os pais (ex.: não é caso de má higiene, etc.), recomendo que seja procurada uma consulta especializada e que sejam solicitadas provas de diagnóstico para averiguar a causa (já que o mau hálito pode ser um sinal de uma doença subjacente) de forma a poder tratar-se de seguida.

É frequente o mau hálito com origem no estômago?


Existe una crença generalizada na população de que a halitose com origem no estômago é uma das mais frequentes. Com rigor, não é verdade – não é de todo uma das causas mais frequentes. Os últimos relatórios provenientes de diversos centros clínicos europeus mostram que a percentagem de pacientes diagnosticados com este tipo de halitose geralmente não ultrapassa os 3% (em relação ao total de pacientes que procuram tratamento).

Porém, a halitose com origem no estômago não é algo irreal (como alguma indústria de elixires tenta divulgar erradamente para vender os seus produtos). As halitoses com origem no estômago são possíveis e podem ser diagnosticadas na consulta. A proporção de casos é que não é tão elevada como a crença tradicional sugere ou se considerarmos que cerca de 30% da população possui algum tipo de problema gástrico. Demonstrou-se que algumas linhagens da bactéria estomacal Helicobacter pylori são capazes de produzir compostos sulfurados voláteis. Analogamente, diversas patologias do foro gástrico e digestivo predispõem a manifestação de halitose. Alguns exemplos que observámos no nosso departamento (e confirmado por outros centros sediados noutros países) são a gastrite, úlceras, hérnia de hiato, refluxo gastroesofágico, divertículo de Zenker, doença inflamatória intestinal, presença de corpo estranho na faringe e diversas neoplasias do tubo digestivo.
Aproveito para referir que a endoscopia digestiva não deve ser realizada como um exame de primeira escolha para o diagnóstico da halitose (é menos específica quando comparada com a cromatografia gasosa). As halitoses com origem digestiva não são muito frequentes. Ainda que uma pessoa com halitose possa ter algum tipo de problema digestivo, muito frequentemente a origem da halitose que acabamos por encontrar é outra (ex.: do foro da otorrinolaringologia – bastante mais frequentes). Tudo isto não quer dizer que, quando existe sintomatologia digestiva associada, a endoscopia digestiva possa ser útil na confirmação da existência de algumas das patologias anteriormente referidas.

Que tipos de mau hálito ou halitose existem?


As alterações do odor no ar expirado podem ser classificadas ou caracterizadas de diversas formas. Segundo a intensidade, desde não perceptível até muito intenso/desagradável (para este efeito existem as escalas de Rosemberg, de Seeman, etc.). Segundo a frequência, podem ser ocasionais/intermitentes/reactivas ou contínuas/crónicas. Segundo a duração, curta ou longa, segundo o tipo de odor, etc.
É importante assinalar que os padrões de manifestação da halitose podem ter correspondência com as causas que a desencadeiam. Por exemplo, as halitoses desencadeadas pela cirrose hepática geralmente são muito intensas, crónicas, de longa duração e possuem um odor característico (o foetor hepaticus).
Como existem mais de 80 causas possíveis de halitose, estas podem ser classificadas também segundo a causa (classificação etiológica). Quanto à relevância clínica, podem ser fisiológicas (as que não necessitam de tratamento médico; por exemplo, a halitose que uma pessoa manifesta ao acordar) e patológicas (as que têm indicação para tratamento médico; por exemplo, a diverticulose de Zenker).

Finalmente, a classificação mais utilizada a nível científico, e que tem em conta o tipo de pacientes que procura tratamento, é a de Miyazaki/Yaegaki. Esta classifica os pacientes como tipo I ou Genuína (quando é detetada/confirmada por terceiros), tipo II ou Pseudohalitose (quando existe apenas uma autoperceção de mau hálito, isto é, outras pessoas e aparelhos de medição não a detetam) e tipo III ou Halitofobia (perturbação obsessiva do foro psiquiátrico).

O que causa /quais são as causas da halitose ou mau hálito?

O relatório de 2010 publicado pelo Instituto do Hálito verificou que a maioria dos pacientes (60%) que pediram tratamento nos centros clínicos da rede na Península Ibérica possui halitose com origem oral. Porém, a proporção de halitose com esta origem – oral – diminuiu nos últimos anos. Isto significa que é cada vez maior a proporção de pacientes que nos procuram com uma causa diagnosticada como não-oral. Algumas explicações possíveis são a crescente sensibilização por parte da população sobre a necessidade de uma melhor higiene oral. Hoje em dia, raramente somos confrontados com um paciente com má higiene na nossa consulta. Isto deve-se talvez à maior facilidade de aceso ao diagnóstico por parte de outros profissionais de saúde: quando o problema é desencadeado por má higiene oral, a grande maioria dos dentistas identifica a origem do mau hálito e sabe como tratá-lo.
Verificou-se que as causas extra-orais (aparelho respiratório, tubo digestivo, sistémicas) são responsáveis por cerca de 17% dos casos diagnosticados pelo Instituto do Hálito e a tendência desta proporção, nos últimos anos, é crescente. As causas extra-orais/não-orais são de diagnóstico mais complexo e requerem geralmente uma tecnologia mais avançada, sendo mais provável de serem detetadas somente numa consulta especializada de hálito.
Assinala-se que aos restantes 23% dos pacientes não lhes foi diagnosticado halitose verdadeira. Certas situações como a diminuição do fluxo salivar, problemas digestivos, stresse/ansiedade, ainda que em alguns casos possam originar halitose verdadeira, noutros podem produzir alguns tipos de perceção olfativa e levar o próprio a crer de que padece de halitose. Porém, não se trata de uma halitose psicológica – já que existe uma causa orgânica que a desencadeia e que pode ser tratada. A lista completa das doenças e outras condições médicas que potencialmente podem provocar halitose estão listadas na secção Halitose da página web do Instituto do Hálito.
http://www.halito.pt/faq/causas-mau-halito.html

Como combater, eliminar, curar a halitose ou mau hálito?



Temos recebido diversos emails de toda a Península Ibérica a perguntar como combater, eliminar ou curar a halitose. A nossa resposta é invariavelmente: “a taxa de êxito é muito elevada porque o tratamento utilizado está diretamente relacionado com o tipo de halitose diagnosticado”. A nossa missão tem sido expor a verdade com o máximo rigor científico. Qualquer pessoa que reflita sobre este tema compreenderá que esta é a única resposta autêntica e com sentido.
Aclaramos os nossos pacientes que as expressões mau hálito ou halitose possuem um escasso significado fisiopatológico (somente indicam uma alteração do odor no ar expirado). É como perguntar como se cura uma pessoa enferma/doente… a questão que se coloca de imediato é qual é a doença que está presente nesse caso? Ainda que comercialmente seja muito atrativo anunciar “a cura/solução para o mau hálito”, todos sabemos que não existe na Medicina um medicamento ou um procedimento universal que cure as doenças. O mesmo sucede com a halitose. Há mais de 80 causas com origem em distintas partes do organismo. Sendo esta a realidade, não é uma ingenuidade crer que há um tratamento para todas elas?
Há que combater a falta de ética comercial que tira proveito da fragilidade de muitas pessoas. Estas, devido ao impacto grave que a halitose provoca nas suas vidas, gastam centenas de euros em todas as “novidades” amplamente divulgadas na comunicação social ou na Internet. Alguns pacientes chegaram mesmo a referir que ainda que não acreditando que, por exemplo, uma coisa tão ilógica e sem fundamentação científica como um disco de aço, cure todas as halitoses, o desespero levou-as a adquirir esse produto. Nos dias de hoje e tendo em conta o cenário atual, julgo ser imperioso a criação de legislação e vigilância para a defesa do consumidor.
Voltando à pergunta, primeiramente deve-se descobrir qual é a causa do mau hálito: em ciência chama-se a obtenção do diagnóstico etiológico. Se a causa não é claramente visível/detetável (como nos casos de má higiene oral; focos infeciosos evidentes, etc.), é aconselhável procurar uma consulta especializada de halitose. Neste contexto, depois de descoberta a causa, simplesmente deve ser elaborado o plano de tratamento correspondente à luz da Medicina atual (ex.: os inibidores de bombas de protões geralmente são bem sucedidos no tratamento do refluxo gastroesofágico, porém, se a causa é uma hipossalivação grave elege-se um fármaco parassimpaticomimético adequado). Depois de ser alcançado o diagnóstico etiológico (ex.: halitose por hipossalivação), temos então um diagnóstico médico com a respetiva correspondência terapêutica, pois sabemos exatamente qual a doença/patologia. Isto é verdade, rigor e prova científica de êxito (e não promessas fantasiosas aproveitando o desespero das pessoas que já são vítimas por padecer de mau hálito).
Infelizmente, o desespero cega as pessoas (incluindo até os racionais). Continuamos a ver pacientes que nos visitam pela primeira vez possuindo una higiene oral irrepreensível mas que continuam a utilizar elixires/colutórios orais ininterruptamente várias vezes ao dia. Se racionalizarmos o problema, observamos que até uma criança compreende. É como ter uma fonte de mau odor na cozinha e compulsivamente pulverizar a sala com um desodorizante ou limpá-la um líquido desinfetante.
É de salientar que até os elixires de uso oral que contêm antimicrobianos, contêm certos desodorizantes como menta, o que pode desencadear a ilusão de que se está a agir sobre a origem do problema pois o mau odor parece que desaparece. No entanto, penso que deveria ficar muito claro a todos que, se pouco tempo depois o mau odor reaparece, a conclusão mais racional é que a origem não está na boca. A simples libertação de um odor a menta – mais intenso que o mau odor detetável – mascara-o por uns 15 minutos. Durante esses 15 minutos não houve um efeito eliminador mas sim um efeito dissimulador ao nível do nariz (que deteta somente um odor de cada vez – prevalecendo usualmente o mais intenso). A conclusão é a seguinte: antes de se persistir irracionalmente com tratamentos que o paciente já verificou que são ineficazes, deve procurar uma consulta específica com o objetivo de averiguar a causa da halitose e o tratamento correspondente.

Existe cura para a halitose ou mau hálito?

Essa é uma das preocupações principais das pessoas que procuram o nosso departamento clínico. Frequentemente pensam que o seu caso não tem solução, já que experimentaram quase de tudo. Apesar dos resultados muito positivos alcançados nos últimos anos, desde o meu ponto de vista, a palavra cura associada com o conceito de halitose está a ser utilizada de um modo abusivo. Por exemplo, a taxa de êxito do protocolo clínico que utilizamos, provavelmente a mais elevada verificada em instituições académicas até à data, foi de 96,6%. Isto significa que em cada 100 pacientes, pelo menos 96 deles, despois de tratados, deixaram de manifestar mau hálito. Estes resultados são muito positivos já que estamos a falar de pacientes procuraram uma consulta especializada depois de, em muitos casos, haver consultado uma serie de profissionais de saúde (portanto estamos a falar de pacientes com uma higiene oral ótima e cujas causas de halitose não são visíveis). Neste estudo que avaliou a taxa de êxito, os critérios utilizados exigiram uma confirmação tripla: por parte de familiares, por parte de examinadores de odor e através de aparelhos que medem o mau odor (técnicas de cromatografia gasosa). Sobre a taxa de êxito (96,6%), numa grande parte dos casos, considero que houve cura (o paciente nunca mais manifestou mau hálito nem necessitou de cuidados especiais ao longo do tempo). A cura sucede, por exemplo, nos casos de halitose muito intensa devido a amigdalite caseosa crónica. Depois da remoção cirúrgica do foco infecioso (criptas amigdalinas), o paciente é incapaz de produzir os caseos/cálculos amigdalinos e, por conseguinte, mau hálito. Não obstante, noutros casos, ainda que existiu remissão do mau hálito, seria pouco rigoroso considerá-los curados (prefiro utilizar a expressão tratados). Um exemplo são os casos de pacientes com halitose devido a hiposalivação (secura bucal). Através de certas terapêuticas, ao longo de um período de tempo, consegue-se aumentar a função salivar (ex.: através da toma regular de fármacos colinérgicos). Porém, isto não significa que, cinco anos depois, o paciente não necessite de repetir o tratamento uns meses mais (já que as recidivas – diminuição do fluxo salivar – podem ocorrer em algumas pessoas). Considero o paciente tratado (já que nunca mais manifestou halitose), no entanto a resolução não ficou terminantemente concluída (alguns casos podem necessitar de retratamento anos mais tarde). Considero a palavra cura, nestes casos, abusiva.
Aclaro que estar tratado não é estar continuamente dependente de produtos que mascaram o odor (elixires ou chicletes com sabor/odor a menta ou outros similares). Estes possuem um efeito a curto prazo. Esta situação não pode ser considerada êxito clínico (e muito menos afirmar que o paciente está curado ou tratado). Neste sentido, torna-se pouco ético o cenário a que assistimos hoje: o abuso da palavra cura a nível comercial. Em muitos casos, o que se oferece não é a cura mas sim um contrato de dependência vitalício (já que o efeito é apenas a curto prazo e a pessoa está dependente de utilizar o produto várias vezes ao dia). http://www.halito.pt/faq/cura-para-mau-halito.html

domingo, 23 de setembro de 2012

Livro O mundo do hálito a descoberto - Dr. Jonas Nunes

SIC - Querida Júlia 01-08-2012

Clínica do Hálito - Dr Jonas Junes - Querida Júlia

No dia 1 de Agosto de 2012, o Professor Doutor Jonas Nunes, médico dentista (especialidade "Halitose”) da Clínica dentária d'avenida, foi entrevistado no programa "Querida Júlia" para explicar uma patologia pouco falada, mas bastante presente na vida de muitos portugueses: O MAU HÁLITO. Um dos maiores desafios do tratamento do mau hálito prende-se com o facto de este ter múltiplas causas e envolver diversas especialidades da Medicina. Apesar da complexidade desta patologia, o aparecimento de modernos aparelhos de diagnóstico, a descoberta das causas mais frequentes e o desenvolvimento de terapêuticas de maior eficácia vieram permitir o tratamento da quase totalidade dos casos. Torna-se, por isso, relevante divulgar as descobertas decorrentes da investigação de uma patologia que a maioria das pessoas julga não ter solução e que esteve durante muito tempo ausente do panorama científico. Atualmente, o protocolo utilizado na Clínica dentária d’avenida, Arthyaga - Halitosis Clinical Protocol, obteve o reconhecimento internacional, alcançando uma taxa de êxito de 96,6%. A Clínica dentária D'avenida é a única na região norte que, em parceria com o Instituto do Hálito, possuiu a especialidade “Halitose”. Se pretende marcar uma consulta, contacte-nos através dos seguintes contactos: 223 746 350 / 223 799 540 ou através do site www.clinicadavenida.com Para visualizar a entrevista, carregue no link por favor. http://sic.sapo.pt/proj_queridajulia/Scripts/VideoPlayer.aspx?videoId=%7B12B73325-6FE1-4668-B4C8-6CD6449640F6%7D

Prova Oral de 10 Set 2012 - RTP Play - RTP

Prova Oral de 10 Set 2012 - RTP Play - RTP

Tv globo gazetaonline - Instituto do Hálito - halitose caseum amig...

domingo, 6 de maio de 2012

Tratamentos Eficazes




Na realidade o mais importante é que as pessoas percebam que a halitose não tem, nem deve, ser um assunto tabu.


Além de existirem mais de 80 causas diferentes, existem tratamentos eficazes!


É verdade!



Por exemplo, na clínica do hálito em Lisboa, é possível fazer consultas para diagnosticar se sofre de halitose, qual a causa ou as causas da mesma, e realizar um tratamento adequado a cada caso específico. 

Impacto dos estudos



Os resultados foram analisados no âmbito da literatura da saúde e bem-estar. 
Estes estudos constituem um primeiro passo para um diálogo sistemático entre a ciência e as partes interessadas, bem como, para o desenvolvimento de programas de prevenção e tratamento da saúde oral.
Este projecto tem implicações ao nível teórico, metodológico e prático.
Ao nível teórico, estabelece uma conexão directa com outras áreas científicas, especialmente na odontologia, este estudo nos permite integrar modelos teóricos e pesquisas futuras (Dutton & Heaphy, 2008). Por outro lado, contribui para a discussão teórica sobre a relação entre física e bem-estar subjectivo (Miller, Chen & Cole, 2009). A revisão da literatura sobre o impacto psicológico da halitose na vida pessoal e profissional dos indivíduos, apesar de ser reduzida, tem sido consensual em relação ao facto de que a halitose causa constrangimento social, emocional e psicológico, o que acaba restrições auto-estima, auto, -imagem, auto-confiança, ansiedade emocional e de exclusão social (Coil, 2002, 2001 Thomas, Eli, 2001; Oho 2001 e tal Lenton, 2001; Cicek et al 2003, Lee et al 2004).
Ao nível metodológico, o objectivo principal deste estudo foi avaliar os efeitos da percepção de halitose do indivíduo no seu bem-estar: felicidade, emoções e respostas comportamentais por meio de questionários (pré e pós-teste - antes e depois de manipular a percepção induzida de halitose) e uma dinâmica de grupo, o que representa uma nova linha de pesquisa.  Este trabalho foi inovador, tendo em conta que não existem estudos publicados que avaliam estes efeitos de forma experimental e sistemática.
Com o aumento da competitividade no mundo dos negócios, as organizações têm-se centrado na valorização dos seus colaboradores e criar as condições necessárias para o desempenho e satisfação.
 A premissa de que a realização da felicidade pessoal no trabalho pode impelir os povos profissionais de gestão permite identificar estratégias eficazes na promoção do bem-estar.
Vários estudos mostram que há benefícios organizacionais em programas de prevenção e tratamento de doenças, como o aumento da qualidade de vida dos colaboradores e produtividade (Witmer, 1995). Participar de programas de bem-estar aumenta a satisfação no trabalho e diminui o absenteísmo (Parks & Steelman, 2008).
Assim, do ponto de vista prático, este trabalho visa melhorar a eficácia da gestão de pessoal e social e organizacional, evocando a necessidade de prevenir, reduzir ou eliminar patologias físicas (halitose), que podem afectar negativamente a felicidade, o estado emocional do indivíduo e as suas respostas comportamentais. Além disso, oferece valor acrescentado, tendo em conta o impacto que a saúde oral tem em termos económicos e sociais, uma vez que promove um diálogo mais sistemático entre a ciência e as partes interessadas (individuo, organização e especialistas médicos), e o desenvolvimento de programas de prevenção e tratamento da saúde oral nas organizações.


2 estudo - Doutoramento



Num segundo estudo, já no âmbito do Doutoramento, realizámos um design experimental, 2x2 (between-subjects), com um pré e um pós-teste e um grupo de controlo, os 96 indivíduos foram aleatoriamente divididos em quatro condições. 
Nesse estudo propusemos a estudar o impacto auto-percepção da halitose nos sub-componentes do bem-estar: na felicidade (Michalo, 2007; Ryff, 1989), nas emoções (Warr, 1987, Salovey 2001) e nos comportamentos físicos (Fagundes & Ludemir, 2005 ; Yaegaki, 2000).
O grupo manipulação gustativa da percepção de halitose  foi adicionado às condições existentes no primeiro estudo. 

Colocámos cinco hipóteses específicas: 
Hipótese 1 – a percepção de halitose nos grupos experimentais diminui a felicidade dos indivíduos durante a dinâmica de grupo, quando comparado com o grupo de controlo; 
Hipótese 2 - a percepção de halitose nos grupos experimentais diminui as emoções positivas dos indivíduos durante a dinâmica de grupo, quando comparado com o grupo de controlo; 
Hipótese 3 - a percepção de halitose nos grupos experimentais aumenta as emoções negativas dos indivíduos durante a dinâmica de grupo, quando comparado com o grupo de controlo; 
Hipótese 4 - a percepção de halitose nos grupos experimentais aumenta a distância entre o indivíduo e sua equipa durante a dinâmica de grupo, quando comparado com o grupo de controlo;
Hipótese 5 - a percepção de halitose nos grupos experimentais aumenta a preferência de afastar-se para tocar num sino, do que ficar perto da equipa e soprar num isqueiro, dos indivíduos durante a dinâmica de grupo, quando comparado com o grupo de controlo.
No estudo 2, além das escalas que usamos no estudo 1 foi adicionada a escala da Felicidade adaptada da Escala de Satisfação com a Vida (Diener, 1985).
Os resultados revelaram que a manipulação halitose "percepção foi bem induzida.
No segundo estudo, houve impacto significativo sobre a felicidade, tendo diminuído nos grupos experimentais; sobre as emoções negativas, tendo aumentado nos grupos experimentais; e sobre as respostas comportamentais, tendo os participantes preferido ficarem mais distantes dos outros devido à sua auto-percepção de halitose.

1º Estudo - Mestrado



O primeiro projecto (um estudo piloto) que realizei juntamente com o Dr. Jonas Nunes e a Professora Ana Margarida Passos, minha orientadora da Tese de mestrado, tinha como objecto de estudo o impacto da auto-percepção de halitose no bem-estar do indivíduo, mais especificamente nos sub-componentes do bem-estar: nas emoções (Warr, 1987, Salovey 2001) e nos comportamentos físicos (Fagundes & Ludemir, 2005 ; Yaegaki, 2000).
Tanto quanto sabíamos, não existia qualquer procedimento experimental na literatura para manipular a percepção halitose. Este facto era especialmente relevante para se entender se a halitose tem realmente impacto no bem-estar, como tem sido sugerido na literatura médica.
Assim, era necessário realizar um estudo experimental. Esse primeiro trabalho visava preencher esta lacuna na pesquisa, avaliando o impacto das doenças orais no bem-estar subjectivo dos indivíduos, bem como, ajudar a identificar estratégias que promovam a aceitação e implementação de tratamentos e programas de prevenção do bem-estar em geral.



Era um estudo totalmente inovador - tendo por base um novo paradigma experimental, realizámos uma experiência composta por 3 partes, com uma amostra de 31 indivíduos, divididos em 3 grupos sujeitos a condições distintas: grupo de controlo; grupo experimental  - manipulação da auto-percepção de halitose visual; e grupo experimental - manipulação da auto-percepção de halitose visual e gustativa; por forma a analisar as diferenças numa dinâmica de grupo. 
Utilizámos um questionário (pré-teste) médico sobre os hábitos de higiene bucal; um questionário pré e pós-teste que engloba: a escala de emoções PANAS de Watson e Clark (1988), a escala de qualidade de vida que mede comportamentos derivados da percepção de halitose (Nunes, 2009) e a escala de reacção em grupo de Kunh e Poole (2000); e uma dinâmica de grupos.
Os resultados revelaram que a auto-percepção de halitose manipulada foi bem induzida, e que teve impacto significativo nos sujeitos, diminuindo as suas emoções positivas.
Não houve impacto significativo ao nível do aumento das emoções negativas, nem do condicionamento dos comportamentos físicos derivados da percepção de halitose.
Este estudo experimental demonstrou que a percepção de halitose tem impacto no estado emocional do indivíduo, podendo afectar o seu bem-estar. Assim, no sentido de tomarem consciência do impacto da halitose no bem-estar dos seus colaboradores e da necessidade de medidas de prevenção e tratamento, este estudo revelou ser uma mais-valia para as organizações.

Investigação no âmbito da Medicina Dentária





A Investigação na área dentária sugere que as doenças orais têm um impacto na saúde sistémica e qualidade de vida, afectando o bem-estar dos indivíduos e da sociedade em geral (Mateare & Locker, 2000). No entanto, estudos que claramente explorem o efeito das doenças orais, e que são mais comuns na população adulta, relativamente à halitose são quase inexistentes. 


A Halitose é uma patologia física com impacto significativo sobre o individuo. Para além de reduzir o seu bem-estar e a sua qualidade de vida, pode ser indicativa de doenças graves.
Locker e Mateare (2000), argumentam que as doenças orais têm um impacto significativo nos indivíduos e na qualidade de vida em todas as idades, e demonstram a sua importância associada à saúde das populações, tornando este tema uma questão de saúde pública. As maiorias dos estudos têm-se centrado em questões de grupos específicos, tais como a cavidade dentária para os jovens (Burt & Szpunar, 1990) ou progressiva perda de dentes, no caso da população idosa (Locker, Clarke & Payne, 2000). 
Um estudo realizado por Locker, Clarke e Payne (2000) mostrou que a percepção da própria saúde oral tem um efeito significativo na satisfação do bem-estar e vida psicológica do indivíduo.
A Halitose é uma doença com alta prevalência em qualquer género, idade, status socioeconómico e religião (Al-Ansari et al, 2006; Lee & Ashforth, 1996, Liu et al, 2006; Nadanovsky, 2007; Loesche, 1999; Sanz, 2001; Sato et al, 2005), e tem impacto sobre o bem-estar.