Bem-vindo!

Sou coach, consultora e formadora nas áreas do desenvolvimento do comportamento pessoal e profissional.

A minha tese de Mestrado teve como tema o Impacto da Halitose no Bem-estar do Indivíduo.

Identifico-me como uma pessoa dinâmica, criativa, fascinada pelo comportamento humano, apaixonada pela vida, pela procura da felicidade, bem-estar e realização pessoal e profissional.

Com uma visão aberta e criativa e experiência, apoio as pessoas, grupos e organizações num caminho para que se tornem mais conscientes, eficientes, livres e felizes, que atinjam os resultados desejados e se realizem plenamente na vida pessoal, profissional e social.

O propósito dos meus serviços profissionais é facilitar mudanças positivas e duradouras, desenvolver competências pessoais e profissionais, ajudar as pessoas a realizar os seus objectivos e sonhos, fazendo a diferença nas suas vidas pessoais e profissionais.

‎"Se um dia tiver que escolher entre o Mundo e o Amor, lembre-se: Se escolher o Mundo ficará sem Amor, mas se você escolher o Amor, com ele conquistará o Mundo" - Albert Einstein

domingo, 6 de maio de 2012

Tratamentos Eficazes




Na realidade o mais importante é que as pessoas percebam que a halitose não tem, nem deve, ser um assunto tabu.


Além de existirem mais de 80 causas diferentes, existem tratamentos eficazes!


É verdade!



Por exemplo, na clínica do hálito em Lisboa, é possível fazer consultas para diagnosticar se sofre de halitose, qual a causa ou as causas da mesma, e realizar um tratamento adequado a cada caso específico. 

Impacto dos estudos



Os resultados foram analisados no âmbito da literatura da saúde e bem-estar. 
Estes estudos constituem um primeiro passo para um diálogo sistemático entre a ciência e as partes interessadas, bem como, para o desenvolvimento de programas de prevenção e tratamento da saúde oral.
Este projecto tem implicações ao nível teórico, metodológico e prático.
Ao nível teórico, estabelece uma conexão directa com outras áreas científicas, especialmente na odontologia, este estudo nos permite integrar modelos teóricos e pesquisas futuras (Dutton & Heaphy, 2008). Por outro lado, contribui para a discussão teórica sobre a relação entre física e bem-estar subjectivo (Miller, Chen & Cole, 2009). A revisão da literatura sobre o impacto psicológico da halitose na vida pessoal e profissional dos indivíduos, apesar de ser reduzida, tem sido consensual em relação ao facto de que a halitose causa constrangimento social, emocional e psicológico, o que acaba restrições auto-estima, auto, -imagem, auto-confiança, ansiedade emocional e de exclusão social (Coil, 2002, 2001 Thomas, Eli, 2001; Oho 2001 e tal Lenton, 2001; Cicek et al 2003, Lee et al 2004).
Ao nível metodológico, o objectivo principal deste estudo foi avaliar os efeitos da percepção de halitose do indivíduo no seu bem-estar: felicidade, emoções e respostas comportamentais por meio de questionários (pré e pós-teste - antes e depois de manipular a percepção induzida de halitose) e uma dinâmica de grupo, o que representa uma nova linha de pesquisa.  Este trabalho foi inovador, tendo em conta que não existem estudos publicados que avaliam estes efeitos de forma experimental e sistemática.
Com o aumento da competitividade no mundo dos negócios, as organizações têm-se centrado na valorização dos seus colaboradores e criar as condições necessárias para o desempenho e satisfação.
 A premissa de que a realização da felicidade pessoal no trabalho pode impelir os povos profissionais de gestão permite identificar estratégias eficazes na promoção do bem-estar.
Vários estudos mostram que há benefícios organizacionais em programas de prevenção e tratamento de doenças, como o aumento da qualidade de vida dos colaboradores e produtividade (Witmer, 1995). Participar de programas de bem-estar aumenta a satisfação no trabalho e diminui o absenteísmo (Parks & Steelman, 2008).
Assim, do ponto de vista prático, este trabalho visa melhorar a eficácia da gestão de pessoal e social e organizacional, evocando a necessidade de prevenir, reduzir ou eliminar patologias físicas (halitose), que podem afectar negativamente a felicidade, o estado emocional do indivíduo e as suas respostas comportamentais. Além disso, oferece valor acrescentado, tendo em conta o impacto que a saúde oral tem em termos económicos e sociais, uma vez que promove um diálogo mais sistemático entre a ciência e as partes interessadas (individuo, organização e especialistas médicos), e o desenvolvimento de programas de prevenção e tratamento da saúde oral nas organizações.


2 estudo - Doutoramento



Num segundo estudo, já no âmbito do Doutoramento, realizámos um design experimental, 2x2 (between-subjects), com um pré e um pós-teste e um grupo de controlo, os 96 indivíduos foram aleatoriamente divididos em quatro condições. 
Nesse estudo propusemos a estudar o impacto auto-percepção da halitose nos sub-componentes do bem-estar: na felicidade (Michalo, 2007; Ryff, 1989), nas emoções (Warr, 1987, Salovey 2001) e nos comportamentos físicos (Fagundes & Ludemir, 2005 ; Yaegaki, 2000).
O grupo manipulação gustativa da percepção de halitose  foi adicionado às condições existentes no primeiro estudo. 

Colocámos cinco hipóteses específicas: 
Hipótese 1 – a percepção de halitose nos grupos experimentais diminui a felicidade dos indivíduos durante a dinâmica de grupo, quando comparado com o grupo de controlo; 
Hipótese 2 - a percepção de halitose nos grupos experimentais diminui as emoções positivas dos indivíduos durante a dinâmica de grupo, quando comparado com o grupo de controlo; 
Hipótese 3 - a percepção de halitose nos grupos experimentais aumenta as emoções negativas dos indivíduos durante a dinâmica de grupo, quando comparado com o grupo de controlo; 
Hipótese 4 - a percepção de halitose nos grupos experimentais aumenta a distância entre o indivíduo e sua equipa durante a dinâmica de grupo, quando comparado com o grupo de controlo;
Hipótese 5 - a percepção de halitose nos grupos experimentais aumenta a preferência de afastar-se para tocar num sino, do que ficar perto da equipa e soprar num isqueiro, dos indivíduos durante a dinâmica de grupo, quando comparado com o grupo de controlo.
No estudo 2, além das escalas que usamos no estudo 1 foi adicionada a escala da Felicidade adaptada da Escala de Satisfação com a Vida (Diener, 1985).
Os resultados revelaram que a manipulação halitose "percepção foi bem induzida.
No segundo estudo, houve impacto significativo sobre a felicidade, tendo diminuído nos grupos experimentais; sobre as emoções negativas, tendo aumentado nos grupos experimentais; e sobre as respostas comportamentais, tendo os participantes preferido ficarem mais distantes dos outros devido à sua auto-percepção de halitose.

1º Estudo - Mestrado



O primeiro projecto (um estudo piloto) que realizei juntamente com o Dr. Jonas Nunes e a Professora Ana Margarida Passos, minha orientadora da Tese de mestrado, tinha como objecto de estudo o impacto da auto-percepção de halitose no bem-estar do indivíduo, mais especificamente nos sub-componentes do bem-estar: nas emoções (Warr, 1987, Salovey 2001) e nos comportamentos físicos (Fagundes & Ludemir, 2005 ; Yaegaki, 2000).
Tanto quanto sabíamos, não existia qualquer procedimento experimental na literatura para manipular a percepção halitose. Este facto era especialmente relevante para se entender se a halitose tem realmente impacto no bem-estar, como tem sido sugerido na literatura médica.
Assim, era necessário realizar um estudo experimental. Esse primeiro trabalho visava preencher esta lacuna na pesquisa, avaliando o impacto das doenças orais no bem-estar subjectivo dos indivíduos, bem como, ajudar a identificar estratégias que promovam a aceitação e implementação de tratamentos e programas de prevenção do bem-estar em geral.



Era um estudo totalmente inovador - tendo por base um novo paradigma experimental, realizámos uma experiência composta por 3 partes, com uma amostra de 31 indivíduos, divididos em 3 grupos sujeitos a condições distintas: grupo de controlo; grupo experimental  - manipulação da auto-percepção de halitose visual; e grupo experimental - manipulação da auto-percepção de halitose visual e gustativa; por forma a analisar as diferenças numa dinâmica de grupo. 
Utilizámos um questionário (pré-teste) médico sobre os hábitos de higiene bucal; um questionário pré e pós-teste que engloba: a escala de emoções PANAS de Watson e Clark (1988), a escala de qualidade de vida que mede comportamentos derivados da percepção de halitose (Nunes, 2009) e a escala de reacção em grupo de Kunh e Poole (2000); e uma dinâmica de grupos.
Os resultados revelaram que a auto-percepção de halitose manipulada foi bem induzida, e que teve impacto significativo nos sujeitos, diminuindo as suas emoções positivas.
Não houve impacto significativo ao nível do aumento das emoções negativas, nem do condicionamento dos comportamentos físicos derivados da percepção de halitose.
Este estudo experimental demonstrou que a percepção de halitose tem impacto no estado emocional do indivíduo, podendo afectar o seu bem-estar. Assim, no sentido de tomarem consciência do impacto da halitose no bem-estar dos seus colaboradores e da necessidade de medidas de prevenção e tratamento, este estudo revelou ser uma mais-valia para as organizações.

Investigação no âmbito da Medicina Dentária





A Investigação na área dentária sugere que as doenças orais têm um impacto na saúde sistémica e qualidade de vida, afectando o bem-estar dos indivíduos e da sociedade em geral (Mateare & Locker, 2000). No entanto, estudos que claramente explorem o efeito das doenças orais, e que são mais comuns na população adulta, relativamente à halitose são quase inexistentes. 


A Halitose é uma patologia física com impacto significativo sobre o individuo. Para além de reduzir o seu bem-estar e a sua qualidade de vida, pode ser indicativa de doenças graves.
Locker e Mateare (2000), argumentam que as doenças orais têm um impacto significativo nos indivíduos e na qualidade de vida em todas as idades, e demonstram a sua importância associada à saúde das populações, tornando este tema uma questão de saúde pública. As maiorias dos estudos têm-se centrado em questões de grupos específicos, tais como a cavidade dentária para os jovens (Burt & Szpunar, 1990) ou progressiva perda de dentes, no caso da população idosa (Locker, Clarke & Payne, 2000). 
Um estudo realizado por Locker, Clarke e Payne (2000) mostrou que a percepção da própria saúde oral tem um efeito significativo na satisfação do bem-estar e vida psicológica do indivíduo.
A Halitose é uma doença com alta prevalência em qualquer género, idade, status socioeconómico e religião (Al-Ansari et al, 2006; Lee & Ashforth, 1996, Liu et al, 2006; Nadanovsky, 2007; Loesche, 1999; Sanz, 2001; Sato et al, 2005), e tem impacto sobre o bem-estar. 

Questões Suscitadas



Prosseguindo na nossa investigação teórica sobre a Halitose, começaram a surgir-nos novas questões:

Uma área cada vez mais analisada em psicologia tem sido o estudo do impacto de factores psicológicos, tais como personalidade, disposição sobre a saúde geral (Barger, Burke, Limbert, 2007; Miller, Chen, Cole, 2009).
A investigação da área dentária tem mostrado cada vez mais preocupação com a situação inversa, isto é, como é que a saúde bucal influencia os factores psicológicos e a qualidade de vida (Kressin, 1997; Loker, 1997). Esta ideia suscitou-nos uma questão: como é que os problemas de saúde (como a halitose) afectam o bem-estar?
Alguns estudos têm-se centrado sobre a relação entre doenças graves, como a doença cardíaca, a paralisia cerebral, o cancro da mama (Friedman, 1987, McCeney, 2002; Carona, Canavarro, Pereira & Gameiro; Silva, Moreira, Canavarro & Pinto) e o bem-estar, mas poucos têm procurado avaliar a relação entre doenças menores (não levando à morte) e o bem-estar. De acordo com esta ideia questionamos: como é que doenças menores, como as doenças orais (a Halitose), afectam o bem-estar do indivíduo?

Investigação no âmbito do relacionamento entre o Bem-estar e Saúde



Inicialmente a minha ideia era trabalhar o tema da Halitose nas Organizações. No entanto, ao longo do meu processo de pesquisa bibliográfica, fui-me apercebendo que a Halitose tinha impacto em muitos mais contextos: pessoal, familiar, social e profissional.
Deixo-vos algumas das linhas teóricas sobre a saúde e o bem-estar que considero de base para percebermos os efeitos da halitose na vida dos Seres Humanos:

As empresas preocupam-se cada vez mais com o bem-estar dos seus colaboradores.
O interesse na relação entre saúde e bem-estar tem aumentado nos últimos anos. Vários estudos têm procurado compreender a influência recíproca entre as variáveis ​​psicossociais na saúde e o bem-estar (Danna & Griffin, 1999, Larsen & Diener, 1987). Factores psicossociais (Heaphy & Dutton, 2008), tais como a depressão, o stress e a situação socioeconómica, têm sido várias vezes relacionados com doenças físicas.
Em 1946, a Organização Mundial de Saúde definiu a saúde como "um estado de completo desenvolvimento físico, mental e bem-estar social e não meramente a ausência de doença". Após esta definição, tem havido um crescente atenção dada às doenças que podem ter impacto sobre o bem-estar.
Existem condições fisiológicas que influenciam positiva ou negativamente o bem-estar dos indivíduos nas suas vidas diárias (Danna e Griffin, 1999), afectando as suas emoções e comportamentos a nível pessoal, social e profissional.
Ao longo dos anos, vários modelos de bem-estar têm sido propostos na literatura, a fim de entender quais as variáveis ​​que podem ter impacto sobre o bem-estar dos indivíduos (Ryff, 1989). O bem-estar Objectivo está relacionado com um conjunto de parâmetros socioeconómicos que diferencia os indivíduos, grupos ou sociedades (Caetano & Silva, 2009).
O bem-estar subjectivo é considerado por alguns autores como sinónimo de felicidade. De acordo com Caetano e Silva (2009), podemos definir a felicidade de uma forma hedonista (curto prazo), vendo-a como uma preponderância de sentimentos agradáveis ​​em cada momento, ou uma forma de eudaimónica (longo prazo), como a realização pessoal com a meta, para explorar ao máximo o seu potencial, desenvolver as suas habilidades e "tornar-se o que é", auto-validando o seu propósito na vida. O bem-estar psicológico diz respeito à eficácia global do funcionamento psicológico dos indivíduos no contexto interpessoal, social ou organizacional (Caetano & Silva, 2009).
Sobre bem-estar subjectivo, vários modelos têm sido propostos na literatura, ou seja, modelos em contexto organizacional: componentes emocionais relacionados, dimensões afectiva (Warr, 2007), a teoria de eventos afectivos "(Weiss & Beal (2005), a teoria da expansão e construção (Fredrickson, 2009). Alguns destes modelos têm por objectivo identificar os antecedentes e consequentes do bem estar no contexto de trabalho, propondo que as variáveis ​​organizacionais e recursos têm um impacto na satisfação no trabalho individual e na resposta emocional geral do indivíduo. Por exemplo, Gilboa, Shirom , Fried & Cooper (2008), estudaram o impacto do stress no desempenho dos indivíduos; Christian, Bradley, Wallace, & Burke (2009), estudaram a relação entre a saúde e a segurança no trabalho, e Baron (1997), estudou o bem-estar  associado a relações agradáveis.





quarta-feira, 2 de maio de 2012

Mitos y hechos sobre la halitosis: Parte 2

Mitos y Hechos sobre la Halitosis: Parte 1

O porquê deste Blog!




Este blog foi publicado com a intenção de partilhar o que tenho descoberto sobre o mundo da halitose. 
Tal como eu, antes de iniciar a minha viagem, talvez nunca se tenha apercebido da existência deste mundo que para muitos continua escondido, e talvez até considere que não existe nada a descobrir, ou que será um caminho pouco agradável... o que é facto é que desde que o iniciei, tenho descoberto que muitos o percorrem, e que nem sempre o experienciam da melhor maneira, e outros têm encontrado a ajuda que necessitam para deixar de sofrer e reavivar a alegria e bem-estar perdido.


Comecei a pensar neste tema quando um dia, num jantar de amigos, o Dr, Jonas Nunes, Dentista especialista em Estomatologia, partilhou comigo a sua preocupação com o tema. Inicialmente, apenas despertou em mim uma curiosidade pelo assunto, já que nunca tinha ouvido ninguém a comentá-lo e muito menos de forma séria e com bases científicas, mas no decorrer da conversa, percebi que muitos seres humanos viviam preocupados e até angustiados com o assunto. 
A minha alma de psicóloga inquietou-se e identifiquei-me com a necessidade de saber mais sobre o mesmo para ajudar quem se preocupa e sensibilizar os que estão adormecidos. 
Na realidade, percebi que apesar de o tema já estar um pouco estudado a nível da Medicina Dentária, não estava a nível psicológico e emocional, e esse seria o objectivo da minha tese de Mestrado! :)
Nessa altura estava longe de saber que havia tanto para descobrir, tanto para trabalhar, tantos seres humanos para ajudar...