Quem procura tratamento?
Na
Península Ibérica, a consulta de halitose é ligeiramente mais procurada
por mulheres do que por homens (53% vs 47%, respectivamente). As
mulheres tendem a ser mais exigentes e a preocupar-se mais com o seu
próprio hálito. As consultas do Instituto do Hálito na Península Ibérica
registaram um espectro de idades que foi dos 2 aos 94 anos, com uma
média de idades de 38 anos. No caso de crianças, a maior preocupação dos
pais que as trazem à consulta é que a halitose seja um sinal de uma
doença subjacente. Porém, o impacto mais negativo na qualidade de vida
surge entre os 15 e os 35 anos. É nestas idades que se observam, com
maior frequência, os efeitos psico-sociais da halitose, como baixa
auto-estima, insegurança e isolamento (com repercussões no namoro, nas
amizades e no sucesso escolar). Após os 35 anos, já se observa uma
importância maior atribuída ao contexto profissional, fazendo com que os
pacientes procurem a consulta também por recear um impacto na carreira.
A importância de estabelecer um diagnóstico etiológico
Antes de ser realizado um tratamento é essencial obter-se
um diagnóstico etiológico (que determine a origem/causa). A realização
de tratamentos empíricos baseados em suposições, sem fundamentação
objectiva e criteriosa, é ineficaz. Na consulta de diagnóstico são
recolhidos todos os dados do paciente, o estado actual e os antecedentes
médicos relacionados com todos os factores predisponentes e
desencadeantes de halitose.
Depois, são realizados exames que podem incluir o estudo
computorizado do hálito (através de cromatografia gasosa), o estudo da
saliva e função das glândulas salivares, e provas microbiológicas e
enzimáticas a partir de colheitas de placa bacteriana e de saliva (os
mais utilizados são o teste BANA®, o teste colorimétrico Halitox® e a
prova da beta-galactosidade).
Terapêutica consoante as causas apuradas
Atendendo à variedade de fenómenos independentes que podem
provocar halitose, torna-se necessário desmistificar algumas noções
falsas mas que ainda perduram, como “a bactéria produtora de mau hálito”
ou “o elixir/medicamento que cura o mau hálito”. Para cada causa de
halitose existe uma terapêutica específica. Um elixir de uso oral não
possui acção sobre uma halitose decorrente de uma sinusite, tal como um
antibiótico não possui acção sobre uma halitose de origem reactiva
alimentar. Logo, não existe um único tratamento para a halitose. O
tratamento adequado será o mais actual e de maior eficácia visando a
condição ou causa desencadeante do problema.
A eventual necessidade de consultas de revisão
A fase de controlo inicia-se após a remissão da halitose e
inclui, usualmente, uma ou duas consultas de revisão. São necessárias
para instrução do paciente sobre medidas preventivas e realização de
eventuais procedimentos que assegurem a manutenção dos resultados
obtidos. A mudança positiva do hálito é visível pela postura que os
pacientes demonstram nas consultas, especialmente ao nível da
auto-confiança. Contudo, é de salientar que se tem constatado que um
tratamento bem-sucedido na eliminação desta nem sempre é acompanhado por
uma adequação do paciente à nova realidade. Do total de pacientes
tratados com êxito, 7%, ainda continuavam a viver como se padecessem
halitose ao cabo de 3 meses. Subsistiam comportamentos defensivos como
ocultar a boca com a mão, o uso frequente chicletes, etc. Porém, nestes
casos, ao fim de 6 meses e após sessões de apoio e esclarecimento a
estes pacientes, este número baixa marcadamente. Por isso deve ser feita
uma distinção entre sucesso completo (que inclui o biológico e o
psicológico) e sucesso apenas biológico (apesar da remissão da halitose o
paciente ainda não se “libertou” do problema). Neste sentido, qualquer
tratamento para a halitose deve ser sensível e intervir em ambas
vertentes física e psicológica.
HCP Arthyaga®: um protocolo de eficácia comprovada
A taxa de êxito obtida com o HCP Arthyaga® foi a mais elevada
até à data, de acordo com as principais bases de dados médicas
internacionais (PubMed/Medline, Scopus, ISI-Web of Knowledge, etc.).
Numa amostragem de 704 pacientes que procuraram tratamento específico
para a halitose, 96,6% obtiveram a resolução completa da halitose, 0,6%
obtiveram uma resposta biológica (apesar da halitose ter sido eliminada,
estes pacientes não se sentiam psicologicamente curados), 1,0%
obtiveram uma resposta parcial (não se registou uma resolução completa
apesar da halitose ter diminuido) e apenas 1,8% manifestaram resposta
nula (não se registou qualquer melhoria). As perturbações obsessivas
relacionadas com a crença irreal de possuir halitose (halitofobia) ainda
são os casos mais difíceis de tratar dada a irredutibilidade destes
pacientes em aceitar a sua condição e submeter-se a um tratamento
psicológico/psiquiátrico.
http://www.halito.pt/halitose/tratamento/
Sem comentários:
Enviar um comentário